Bahamas – Paraíso na Terra (Parte II)

Como disse a vocês no post anterior, Bahamas – Paraíso na Terra (Parte I), vamos para a parte mais espetacular da viagem até agora.
Voltamos para as Exumas, agora desbravando a parte mais selvagem e rústica deste belíssimo complexo de ilhas. Saímos de Nassau, dormimos em Rose Island, a ilha do céu estrelado e seguimos direto para Normans Cay, cerca de 40 milhas de Nassau.
Normans Cay é rodeada por várias ilhas e muitas delas são habitadas e com muitas casas de veraneio e pequenos resorts. Em Normans Cay tem até um pequeno aeroporto.
Ancoramos na face oeste da ilha e fomos com o Ybytu, para quem não lembra, Ybytu é o nosso bote, quase nosso animalzinho de estimação (loucuras de marinheiros rsrs), conhecer a ilha e região.
Estávamos a procura de um lugar chamado “Whale Tale”. Chegamos com o Ybytu em uma praia com um riozinho de água salgada acreditando ser a tal Whale Tale. Descemos, amarramos o Ybytu em uma pedra pois a maré estava subindo e fomos até uma espécie de gazebo que havia ali. Admiramos a vista e resolvemos caminhar pela ilha. Encontramos várias casas e em uma delas havia um jovem senhor, negro, com vários anéis de ouro em um carrinho de golfe, fumando um charuto enorme. Começamos a bater papo e descobrimos que aquela ilha era um resort e o jovem senhor era o administrador. Ele nos ofereceu um passeio pela ilha e nos levou até onde seria o restaurante do resort, mas que infelizmente estava fechado, e colocou a nossa disposição um outro carrinho de golfe para que visitássemos toda a ilha. Passamos a tarde passeando. A montanha mais alta das Exumas (Little Exumas) encontra-se nesta ilha chamada Wax Cay com 28 metros. Isso mesmo, a mais alta!!! Subimos com nosso “possante” a ladeira até o topo do morrinho para admirar mais um pouco toda essa beleza.
O lugar é muito bonito com várias casas bem charmosas para alugar. A pouco tempo, o famoso golfista Tiger Woods alugou a ilha toda para passar uns dias.
Depois da divertida tarde em Wax Cay fomos dar um rolê para conhecer a região. Daniel fez um mergulho, mas como já estava entardecendo e ficando frio acabei não fazendo. Ainda bem, pois segundo ele não havia muito para ver. Fiquei admirando a beleza fora da água.
Na volta ao Oby, que estava cerca de 5 milhas náuticas, paramos em uma pequena ilha, famosa para aqueles que conhecem Normans Cay pelo seu coqueiro solitário. A ilhota fica em um largo canal que liga o lado oeste das Bahamas ao lado leste (mar aberto).
Ao saírmos desta ilhota o motor do Ybytu começou a “engasgar”. Como estávamos no canal, a correnteza era bastante forte. Conseguimos, com velocidade reduzida, apenas com o motor engatado, chegar ao Oby.
Levantamos o motor e foi mais um dia de aprendizado. Com suporte técnico do meu pai por mensagens, auxílio de um velejador do barco vizinho que viu que estávamos com problemas e apareceu para oferecer ajuda e a dedicação e persistência do Daniel, o motor do Ybytu ficou perfeito. O problema era o filtro de combustível sujo. Cada dia uma nova lição.
Decidimos partir de Normans Cay na manhã seguinte apesar de não termos conseguido fazer o tão famoso mergulho no avião DC3 afundado.
Bem cedinho levantamos ancora com destino a Shroud Cay. A navegação era curta, cerca de 1 hora, mas nossa intenção era chegar com a maré alta, pois queríamos fazer um passeio com o Ybytu pelos manguezais e ir até uma praia que fica no lado Leste, passar o dia por lá e retornar no final da tarde com maré alta novamente. Na maré baixa, os manguezais praticamente secam e não se pode navegar.
Shroud Cay faz parte de uma Reserva Ecológica. No parque não podemos ancorar para preservar o fundo do mar. Existem poitas colocadas pelo próprio parque que podem ser usadas e paga-se uma taxa para isso.
Paramos o Oby em uma poita e zarpamos para nosso passeio.
UAU!!!! Nunca tinha visto nada parecido. Mangue com água cristalina, mais parecia uma piscina. Lindo, lindo, lindo!!!
Quando chegamos na praia do lado Leste nos deparamos com um dos mais lindos cenários visto por nós.
Aquela areia clarinha contrastando com o azul turquesa do oceano e o azul-esverdeado da água que corre do manguezal. Deslumbrante e apaixonante!!!
Na maré vazante, quando você chega na praia, vindo mangue, forma-se uma pequena corredeira que desemboca no oceano, mas um banco de areia impede que toda essa água vaze de uma vez só.
Haviam me dado uma dica… jogar-se na correnteza e ser levada por ela até a praia. E foi o que fizemos. Muito legal!!!
A praia estava totalmente deserta. Passamos o dia por lá, fizemos picnic, nadamos, subimos uma pequena colina para admirar a vista do alto e até demos um cochilo na areia depois do “almoço”. Avistamos uma espécie muito diferente de pássaro (White-tailed tropicbird). Branco com uma calda enorme eles bailavam com muito charme pelo céu.
Quando a maré começou a encher e alguns botes começaram a chegar na praia, partimos.
Na volta muitas coincidências.
O veleiro “Lisa” da mesmo marca do nosso (Malö) estava parado ao nosso lado. Esse barco, na época, era tripulado por um casal de alemães e estava sendo comprado por dois brasileiros, pernambucanos, Leandro e Fernando, com quem eu me comunicava por mensagens e que, recentemente, conhecemos pessoalmente.
Ao chegarmos ao Oby, um bote veio ao nosso encontro. Inacreditavelmente eram Dave e Tracey. Um casal de neozelandeses que conhecemos em Annapolis, no mesmo Bed & Breakfast que ficamos. Foram as primeiras pessoas a vieram a bordo do Oby. Mas o plano deles era totalmente diferente e acreditamos que nunca mais nos veríamos. Na época, eles estavam indo para Europa para comprar um catamarã por lá. Voltaram aos EUA, compram o catamarã (Kapai) e desceram para as Bahamas. E como o mundo é mesmo muito pequeno, nos encontramos em Shroud Cay, uma ilha inabitada no meio do nada.
Depois de jantarmos a bordo do Kapai, dormimos e na manhã seguinte partimos para Warderick Wells.
A velejada foi bem desconfortável com vento na “cara”, uma orça apertada. Na orça apertada, o barco inclina muito e tudo fica mais difícil.
Quando chegamos a Warderick Wells descobrimos que havia entrado muita água no porão do Oby e que essa água tinha se espalhado por todos os armários “baixos” de bombordo. Tudo molhado, toalhas de mesa, panos de prato, livros de receitas, etc.
A famosa Lei de Pascal… Esquecemos de fechar as válvulas do banheiro e uma instalação mal feita na mangueira da pia fez com que a água entrasse.
Hora de limpar e secar tudo.
Mas o cenário e o belíssimo por do sol compensaram.
Warderick Wells é fascinante!!!!!
Aqui fica a sede do parque com um pequeno escritório e alojamento dos funcionários.
As poitas ficam em um canal de uns 30 metros de largura com profundidade de uns 4 metros. Na maré baixa, fora do canal, a profundidade é de uns 50 cm. Os barco giram justinho no canal sem tocar o fundo. Mas quando você chega pela primeira vez dá até um frio na barriga.
Os dias seguintes foram de passeios e mergulhos.
O mergulho em um local chamado Coral Garden foi magnífico. Nunca tinha visto nada parecido. Com profundidade de uns 6 metros, água totalmente cristalina, e uma quantidade e diversidade de peixes e corais enorme.
O melhor snorkel que eu já fiz.
No lado sudeste da ilha fizemos outro mergulho espetacular.
Neste mergulho achamos inúmeras bolinhas de golfe na água. Achamos estranho e perguntamos para um Yacht de uns 250 pés se eram deles. Disseram que não. Mas logo depois vimos que do “flying bridge” da lancha estavam dando tacadas de golfe.
Ficamos indignados, chegamos até a criar um pequeno mal entendido em função disso.
É triste constatar que existem pessoas estúpidas e sem noção destruindo o planeta.
Mas a vida segue e nós tentamos conscientizar e fazer o melhor que podemos.
Outro mergulho que fizemos foi em um pequeno veleiro naufragado na poita embaixo do Oby. Daniel viu 3 lagostas gigantes, uns 45 centímetros só de corpo. Mas como estamos dentro do parque não podemos pegar, apenas admirar.
Até agora Warderick Wells é meu lugar favorito!!!
Muitas histórias, muita coisa para contar e mostrar. Mas como ainda falta contar para vocês sobre Staniel Cay (a praia com porcos que nadam, da caverna do 007 – do filme Thunderball, dos tubarões), Compass Cay, Normans Cay (mergulho no avião DC3 afundado), O’Briens Cay (mergulho junto com um tubarão e a casa do Jonh Deep) e Nassau decidi escrever um post “parte III” das Bahamas.
Coming soon!!!!

 

 Mapa das Exumas

Mapa das Exumas

 Rose Island

Rose Island

 Rose Island

Rose Island

 Rose Island

Rose Island

 Daniel puxando o Ybytu barra acima em Wax Cay

Daniel puxando o Ybytu barra acima em Wax Cay

 Wax Cay

Wax Cay

 Wax Cay

Wax Cay

 Wax Cay

Wax Cay

 Do gazebo em Wax Cay

Do gazebo em Wax Cay

 Wax Cay

Wax Cay

 Nosso Golf Car

Nosso Golf Car

 Wax Cay

Wax Cay

 Da montanha mais alta de Wax Cay

Da montanha mais alta de Wax Cay

 Daniel arrumando o motor do Ybytu

Daniel arrumando o motor do Ybytu

 Poita em Shroud Cay

Poita em Shroud Cay

 Entrada do parque

Entrada do parque

 A caminho da praia

A caminho da praia

 Manguezal

Manguezal

 Manguezal

Manguezal

 Praia do lado leste de Shroud Cay

Praia do lado leste de Shroud Cay

 Shroud Cay

Shroud Cay

 Vista do manguezal

Vista do manguezal

 Shroud Cay

Shroud Cay

 Sroud Cay (maré baixa)

Sroud Cay (maré baixa)

 Nós em Shroud Cay

Nós em Shroud Cay

 Shroud Cay (maré baixa)

Shroud Cay (maré baixa)

 Shroud Cay

Shroud Cay

 Shroud Cay

Shroud Cay

 Shroud Cay

Shroud Cay

 Shroud Cay

Shroud Cay

 Shroud Cay

Shroud Cay

 Fazendo a siesta depois do picnic

Fazendo a siesta depois do picnic

 Arrumando coisas pra fazer depois de passar o dia todo na praia

Arrumando coisas pra fazer depois de passar o dia todo na praia

 Diversão

Diversão

 Voltando para casa

Voltando para casa

 Oby na poita em Shroud Cay

Oby na poita em Shroud Cay

 Chegada em Warderick Wells com um belíssimo por do sol

Chegada em Warderick Wells com um belíssimo por do sol

 Poitas em Warderick Wells

Poitas em Warderick Wells

 Vamos mergulhar?! Warderick Wells

Vamos mergulhar?! Warderick Wells

 Mergulhando em Warderick Wells

Mergulhando em Warderick Wells

 Coral garden - Warderick Wells

Coral garden - Warderick Wells

 Sede do escritório do parque em Warderick Wells

Sede do escritório do parque em Warderick Wells

 ″Proibido pescar e pegar lagosta″ - Warderick Wells

″Proibido pescar e pegar lagosta″ - Warderick Wells

 Esqueleto de uma Baleia Piloto

Esqueleto de uma Baleia Piloto

 Canal com poitas - Warderick Wells

Canal com poitas - Warderick Wells

 Warderick Wells

Warderick Wells

 Warderick Wells vista do alto

Warderick Wells vista do alto

 Placas com os nomes dos barcos deixada por velejadores pedindo proteção

Placas com os nomes dos barcos deixada por velejadores pedindo proteção

 ″O paraíso″ - Warderick Wells

″O paraíso″ - Warderick Wells

 Poitas vazias em Warderick Wells

Poitas vazias em Warderick Wells

 Mais um por do sol em Warderick Wells

Mais um por do sol em Warderick Wells